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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

01.06.18

Vida Internacional


Luís Alves de Fraga

 

Havia, no meu tempo de jovem, antes do 25 de Abril de 1974, uma revista semanal que dava pelo nome de "Vida Mundial"; era uma forma de fazer o contraponto entre a nossa "vida nacional" e o que acontecia no mundo, dando-nos a visão do que era a democracia e de como se podia viver em liberdade. O título ocorreu-me quando pensei em escrever este apontamento, mas, de imediato, o recusei, porque não é de vida mundial o que vou deixar em meia dúzia de linhas. É, isso sim, de vida internacional.

 

Certamente, os meus leitores já reparam que há uma conjugação de forças internacionais que parece apostada em acabar com a União Europeia. Essas forças estão, de momento, centradas na Europa e nos EUA.

Por um lado, vê-se esboroar a UE através do que se passa na Itália, na Espanha e no Reino Unido; por outro, vê-se o claro "ataque" dos EUA, de Trump, à UE.

 

Tanto "ataque" dá-nos que pensar. Será que todos estão errados e só alguns Estados da UE é que estão certos?

É que a ideia de União parece ter nascido directamente de uma outra que resultou bem em duas regiões da Europa, que, por se unirem, se tornaram em Estados. Refiro-me à Itália, do rei Vítor Manuel do Piemonte, e à Alemanha, de Bismarck.

 

Repare-se que nos anos 60 do século XX, quando se começou a delinear a UE, ainda não tinham passado cem anos sobre as unificações em causa e olhava-se para elas como um modelo aceitável e de sucesso. Na sequência, e no bloco de Leste, fez-se a unificação de Jugoslávia, de Tito, e viu-se o descalabro que foi ao fim de algumas dezenas de anos. É que resulta sempre mal tentar unir culturas que se opuseram ao longo da História. O que não foi o caso da Itália e da Alemanha - curiosamente Bismarck nunca pensou unir os Estados germânicos à Áustria e compreende-se o motivo: havia por trás uma cultura de independência e de soberania - pois culturalmente as diferenças eram mínimas.

Agora, coloco eu a questão:

- O sonho de unificação dos Estados europeus não está mais de acordo com o modelo falhado da Jugoslávia do que com os modelos de sucesso da Itália e da Alemanha?

É que, no meu entender, tudo o que está a acontecer, neste momento, na vida internacional, aponta para uma derrocada da UE que, em última análise, pode e deve ficar somente como um grande mercado livre entre Estados europeus.

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