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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

08.04.17

Sou Incorrecto


Luís Alves de Fraga

 

Não me julguem mal-educado! Tanto quanto possível, não o sou. Mas, às vezes, defendo a incorrecção. Entenda-se a incorrecção política!

 

Ah, pois é! Julgavam que era da outra, de própria da civilidade, que estava a falar?! Não, meus caros! É da política. Da política, pois essa anda a precisar de quem diga umas verdades pouco correctas.

 

Houve mais um atentado terrorista!

Alguém se lembra dos atentados da ETA? E da quantidade de guardas-civis espanhóis que foram mortos? E do terrorismo na Irlanda? Alguém recorda as vítimas? E recordam-se dos nomes dos políticos que, então, andavam na moda? Teve dimensão global algum desses atentados?

 

Esse terrorismo passou de moda e foi politicamente resolvido ou, será melhor dizer, porque foi politicamente resolvido, passou de moda.

Foram dois factores que se conjugaram para que ficasse resolvido: as negociações políticas e a pouca publicidade que se deu aos atentados.

 

O segredo da solução está nesta receita: deixem de dar publicidade ao Estado Islâmico e tratem, nos órgãos de comunicação social, os atentados terroristas como tratam qualquer notícia de acidente rodoviário, por exemplo! Comecem por não dar nem publicidade nem visibilidade ao Estado Islâmico! Depois, tratem os terroristas como aquilo que eles são: criminosos de delito comum. Depois, negoceiem com o Estado Islâmico.

 

Esta última solução é difícil de adoptar, pois o Estado Islâmico é representante de uma das facções religiosas islâmicas em luta fratricida. Aqui, são os próprios islâmicos que impedem uma solução e foram os ocidentais que, não percebendo nada de nada do mundo islâmico, lá se foram meter em nome do petróleo! Meteram-se para desfazer as ditaduras que continham a luta fratricida islâmica! Deixou de ser conduzida por ditadores para passar a ser conduzida por malfeitores! Lindo! E tudo em nome da democracia! Ou melhor dizendo, em nome do petróleo!

 

Quando é que os políticos deste mundo - bem como os comuns "opinadores" políticos - metem na caixa encefálica que as ditaduras, se existem, são consentidas pelos povos que as suportam, pois, quando as não querem não precisam de ajuda para as derrubar? Será difícil perceber isto e que, se percebido, deixa de haver ingerência na política interna dos Estados?!