Quem beneficia?
Não vou ser longo nem exaustivo.
Recordando as minhas leituras de há sessenta e sete anos, da colecção Vampiro e dos mistérios sobre os assassinatos, ocorreu-me a frase de “arranque” de todas as investigações: quem beneficia com o crime? É por aí que vou seguir.
A descoberta de casos de corrupção, que envolvem políticos ou figuras a eles ligados e que o Ministério Público tem e deve investigar, altamente noticiados nos órgãos de comunicação social, que vivem essencialmente da publicidade e, por conseguinte, estão sujeitos às pressões capitalistas, politicamente a quem beneficia?
A resposta é simples: ao partido que se afirma por ser anti-sistema. Daqui teremos de concluir que a destruição da democracia resulta da própria democracia, beneficiando aqueles que a não querem. Isto implica uma acção democrática de primeira grandeza: descobrir todos os podres do partido que é anti-sistema para o desacreditar no momento das eleições.
Cabe aos líderes dos partidos políticos que aceitam e querem viver em democracia a definição de estratégias de ataque sobre aquele que é, de facto, o inimigo.