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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

10.10.21

Que mundo!


Luís Alves de Fraga

 

Recebo, todos os dias, pequenos resumos de notícias publicadas pelo jornal espanhol "El Pais" e hoje fiquei estarrecido perante este título: «Em 17 capitais espanholas não se consegue alugar um andar para habitação abaixo de um terço do salário mínimo nacional».

 

Sei, mais ou menos, sem fundamento em qualquer pesquisa, o que se passa entre nós. Não deve andar longe deles ou, talvez, pior. Donde, a pergunta que se me coloca é:

- Para onde querem mandar este mundo?

 

E a pergunta tem toda a razão de ser, pois, tendo eu "um pé no passado e outro, forçosamente, no presente", por fazer História e procurar conhecer como foi o mundo ontem, vejo que, de uma outra maneira - como não poeria deixar de ser -, há certos aspectos que tendem para uma perigosa aproximação.

As rendas de casa impossíveis para gente com fracos salários colocam-nos perante um panorama que, com as mutações próprias, recordam a forma de viver dos operários ingleses, no século XIX, habitando tugúrios insalubres e impróprios já nesse tempo.

A loucura consumista, à custa de preços ou exageradamente altos ou exageradamente baixos, leva-me para os "loucos anos 20" do final da Grande Guerra.

A corrupção generalizada em todos os Estados do mundo conduz-nos aos tempos da permissividade do roubo sem outro castigo que não fosse o proclamado pelos sacerdotes, também eles, venais.

 

Roma caiu, o Império desfez-se, quando as leis favoreciam uns, os ladrões bem sentados no senado ou em cargos de elevada importância no aparelho do Estado, e condenavam outros que não tinham como se defender. Mas Roma caiu, acima de tudo, porque perdeu a força e se deixou corroer pelos "bárbaros", nome dado a todos aqueles que não eram naturais da Península Itálica.

 

Como vamos cair nós? Não só os Portugueses, mas todos os que vivemos neste mundo tão cheio de "loucuras" (faz-se turismo indo ao espaço estratosférico… O que é isto?) mas, tão hipocritamente defensor do planeta e da sustentabilidade da humanidade. Qual humanidade?

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