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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

13.01.21

O espanto da aceleração

(Novo confinamento)


Luís Alves de Fraga

 

Muita gente anda espantada com a aceleração da infecção que provoca a Covid 19. Haverá razão para tal?

 

Não sou especialista em saúde ou matemática, mas julgo ter bom-senso e, assim, permito-me fazer um jogo com números aleatórios que poderá ser qualquer coisa como o que se segue (só estou a tentar ajudar a perceber a razão das medidas de confinamento de modo a contribuir para a tomada de consciência de quem me lê e tem dúvidas sobre o valor deste novo isolamento).

 

Bom, se estamos com uma taxa de contágio que leva um infectado a infectar mais do que uma pessoa, e se estamos na ordem diária dos 14 mil casos, quer dizer que amanhã poderão estar doentes mais de 14 mil cidadãos, suponhamos, 15 e mil e, na quinta-feira, teremos 16 mil. Com o confinamento o que se vai passar é que os 16 mil baixarão, talvez no sábado, para 15 mil e depois para 14 mil e assim sucessivamente até um número que dê larga margem de descanso ao SNS e, em particular, às unidades de cuidados intensivos (UCI).

 

Não sendo importante, neste momento, discorrer sobre a causa deste descalabro, estou, contudo, convencido que as Festas Natalícias contribuíram de forma decisiva para o que está a acontecer por cá. Basta-me referir que, há dias, um médico com largas responsabilidades, me confessou ter juntado em sua casa qualquer coisa como dez familiares, que não coabitam com ele. Ninguém teve nada, mas poderiam ter-se infectado tal como outros contaminaram parentes queridos.

 

Por uma vez, julgo, em consciência, não devemos culpar o Governo; temos de nos culpar pela prática de irresponsabilidades sociais, facto que vem demonstrar quanto ainda nos falta aprender em matéria de civismo.