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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

29.11.22

Estações espaciais em órbita


Luís Alves de Fraga

 

Vem anunciado em jornais, pelo menos estrangeiros, que na terça-feira, a China vai lançar um foguetão para colocar três astronautas em órbita na estação espacial, pensando mantê-la habitada durante dez anos.

 

Claro que compreendo a importância de, do ponto de vista científico, fazer experiências no espaço, usando seres humanos, porque, por muito que a robótica tenha avançado a par da chamada “inteligência artificial”, por enquanto, nada chega à capacidade de o homem fazer múltiplas escolhas em fracções de segundo.

Mas, para quê uma estação orbital? O que ganhamos todos nós com os milhares de dólares gastos nestas experiências?

Dizem que se fazem inúmeros ensaios, mas nunca vi (deficiência minha) explicado para leigos como eu quais são essas experiências… Ao menos as mais inócuas de todas. Nada, silêncio absoluto entre o público ignorante destas coisas espaciais!

Há muitos, muitos anos, estava eu nos Pupilos do Exército, quando foi lançado pelos soviéticos o primeiro satélite artificial e que se limitava a viajar numa órbita bastante baixa e só imitia um “bip-bip”. O Director convidou a maior autoridade nacional em astronomia, o, mais tarde engenheiro e Professor catedrático, Eurico da Fonseca que, nessa data era um simples autodidacta, com largos conhecimentos nesta matéria. Retive na memória, entre outros pormenores que não vêm a propósito, que só foi possível mandar para o espaço um satélite artificial, porque se tinham substituído as velhas válvulas termoiónicas dos aparelhos de rádio por um novo elemento chamado transístor, o qual, muito em breve passaria a tornar as emissões de rádio em algo muito fácil de escutar, porque, em vez de grandes caixas de madeira ou baquelite se reduziam a pequenos aparelhos, usando pilhas, sendo transportáveis de um lado para o outro. E assim foi, de tal modo que se deixou de usar a palavra radiotelefonia (ou só rádio) para se passar a falar de “transístores”.

Como grande comunicador que era, Eurico da Fonseca conseguiu prender-me a atenção durante um curto serão científico que jamais esqueci! Aprendi e nunca mais esqueci.

 

Faltam, agora, Eurico da Fonseca que nos divulguem com precisão e simplicidade o que fazem estes milhares de satélites que andam à volta da Terra em diferentes órbitas e mais o que se faz nas estações espaciais. Os comunicados da NASA ou são para entendidos ou não explicam nada. As nossas televisões, em vez de gastarem tanto tempo em telenovelas estupidificantes, em jogos de futebol e debates sobre eles, em concursos da caca, em noticiários alienantes, talvez pudessem intercalar entre filmes, concursos e chuto na bola, alguns entendidos que tivessem o dom de explicar para gente simples e com palavras compreensíveis aquilo que, certamente, nos “abria os olhos” para o nosso tempo e para o futuro. Assim, pessoas como eu, dadas a imaginar “conspirações” (mesmo quando elas existem), podem, com auxílio de filmes científicos e de espionagem, acreditar que os satélites, para além de servirem os GPS, servem também para bisbilhotar aquilo que se passa à superfície da Terra, em especial nos Estados que se consideram inimigos. E dada a resolução fotográfica alcançável, até são capazes de nos descobrir as feições ou a matrícula do automóvel.

 

Vivam os chineses que vão estar lá em cima a coscuvilhar aquilo que os “inocentes” lojistas não são capazes de ver e de transmitir às centrais de espionagem que têm montadas nos países do Ocidente! Ou julgam que vender linhas, dedais, vestidos e fazer arroz chau-chau com porco agridoce é só isso e não uma excelente forma de colher informações? Desenganem-se, são subservientes demais para assim esconderem uma arrogância que virá ao de cima no momento oportuno.

Pronto, estão os meus leitores a pensar, «Lá está ele a delirar!»