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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

14.12.16

Em Agonia


Luís Alves de Fraga

 

Com noventa e dois anos, Mário Soares, o primeiro grande "animal político", surgido logo após 25 de Abril de 1974, está, tudo o indica, em agonia, no Hospital da Cruz Vermelha, por onde passou, há muitos anos, António de Oliveira Salazar e Maria Barroso, mais recentemente.

 

Chegou o momento de calar raivas e ódios e só lembrar que um lutador antifascista agoniza perante o olhar expectante dos Portugueses. Depois de ter sido tudo, ou quase, em política, foi o primeiro Presidente da República civil em seguida à votação da Constituição da República Portuguesa, em 1976. Com ele abriu-se o novo ciclo civilista de Altos Magistrados da Nação. Mais nenhum militar ousou sujeitar-se ao voto popular.

 

Mário Soares, pela lei da Vida, um dia morrerá. A História já começou a julgá-lo e julga-lo-á daqui por muito tempo. Nós não precisamos de fazê-lo. Basta agradecer-lhe, nesta hora, o que, convictamente, fez por Portugal, e esquecer, ainda que por momentos, o que nos poderá ter desagradado.

 

Na velha tradição militar, na hora da agonia e da morte, abatem-se bandeiras e honra-se os que nos deixam uma lição de vida, porque os combatentes merecem a nossa admiração, mesmo que tenham combatido nas fileiras opostas.

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