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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

12.11.23

Coincidências?


Luís Alves de Fraga

 

Há mais ou menos vinte e duas horas deixei aqui um texto sobre a ausência de celeridade nos processos correntes em Portugal quando dependentes da máquina do Estado e das “cunhas” ou “empenhos” necessários para despachar os assuntos.

Hoje, recapitulando as notícias do começo da semana passada, topei com uma discussão que se desenvolveu na CNN e um pouco por todas as estações televisivas nacionais: o caso das gémeas brasileiras (não residentes no nosso país)  que foram sujeitas a um tratamento no Hospital de Santa Maria no valor de quatro milhões de euros. Diz-se que a nora do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa é amiga da mãe das crianças.

Desapareceu o processo hospitalar e alguns dos médicos eram contrários ao tratamento, que, afinal, acabou por ser feito. Ninguém foi capaz de explicar a situação e o Presidente da República, sempre tão prolixo, limitou-se a declarar que não teve conhecimento de tal assunto e se o seu nome surge no meio de tudo não foi com o seu conhecimento.

 

O caso morreu quase à “nascença” e todos nós ficámos como o general Junot, aquando da 1.ª Invasão Francesa, a ver navios, porque o manhoso do senhor D. João, ainda regente, com o apoio interessado dos ingleses, “cavou” para o Brasil.

Ficámos a ver navios, mas por poucos dias, pois, a meio da semana passada, fomos acordados pelo terramoto político que levou ao pedido de demissão do primeiro-ministro.

 

Não gosto de “puxar dos galões” mas, agora, tenho de o fazer para não ser acusado de nada. Lá vai: sou licenciado em Ciências Político-Sociais, sou mestre em Estratégia e sou doutor em História. Ora, todos estes saberes exigem, para que se possam aproximar da verdade, capacidade de imaginação para associar factos às vezes distantes no tempo ou na conjuntura, capacidade de equacionar hipóteses que ou ficam em aberto ou se vêm a confirmar através dos factos em apreço, porque, em Política, em Estratégia e em História não há acasos nem “ses” nem há ofensas, nem crimes contra a liberdade de expressão do pensamento quando ele é feito em democracia e no intuito de contar e descrever o que aconteceu.

E fico-me por aqui.