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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

24.01.20

Carta fora do baralho


Luís Alves de Fraga

 

Não tenhamos dúvidas sobre a ausência de uma estratégia coerente por parte dos EUA, o mesmo é dizer, do seu presidente Donald Trump.

Fundamento-me, para fazer esta afirmação, no escarcéu havido há meses, à volta de Juan Guaidó e da Venezuela. Estava, nessa altura, nos planos de Trump. Passou rapidamente de “moda”, em Washington.

 

Claro que, na Venezuela, os problemas continuam iguais ou piores do que há meses; claro que por lá, uma classe média habituada à exploração de quem dela dependia se sente mal ou já fugiu; claro que não será o país das mil e uma maravilhas, porque está a ensaiar, no continente americano, um sistema tendencialmente socialista, com todas as alterações que tal mudança justifica. Mas é também um país a sofrer boicotes comerciais de todo o lado, uma nação em angústia, porque o rendimento da sua principal fonte de riqueza está bloqueado. Tudo isto, porque a governança deveria obediência aos interesses dos grandes capitais internacionais.

 

Juan Guaidó anda em tournée pelas principais capitais que o reconheceram como presidente interino da Venezuela ‒ diga-se, de passagem, um verdadeiro erro diplomático, uma precipitação, uma interferência nos assuntos internos de um Estado soberano ‒ na tentativa de encontrar apoios para a sua causa. Como é evidente, por agora, Juan Guaidó é uma carta fora do baralho da política internacional. Lastimoso é que ele julgue não o ser; lastimoso é alimentar esperanças quando já não há condições para as ter.

 

De tudo isto tiro ‒ e, julgo, devemos tirar ‒ uma conclusão: os apoios internacionais são tão voláteis como o éter; evaporam-se enquanto o diabo esfrega um olho e valem menos do que a vida de um rato de esgoto.