A Esquerda também tem pecados (Endereçado, em especial, para Catarina Martins)
Que ninguém se arrisque a dizer que não sou de esquerda! Sou-o com toda a convicção e conhecimento do que é ser de esquerda. Não me vinculo a nenhum dos partidos da esquerda, porque quero manter a minha liberdade de escolha nessa mesma esquerda. Mas nada do que aqui disse me impede, pelo contrário, de reconhecer que a Esquerda, do PS ao BE, está cheia de “pecados”. Basta estar atento e ser isento para os detectar.
Agora veio a Catarina Martins largar uma “bojarda” histórica de matriz populista com a qual não posso concordar e que, não sendo exactamente um “pecado” político, é um pecado histórico, só aceitável por quem quer fazer política populista ou “estar no contra” a qualquer preço. Disse ela:
«Virá o dia em que os discursos oficiais serão capazes de reconhecer a enorme violência da expansão portuguesa, a nossa história esclavagista, a responsabilidade no tráfico transatlântico de escravos».
Isto demonstra a quase total ignorância de História do Esclavagismo ao longo dos tempos e do que foi a Expansão Portuguesa.
Só tenho uma frase para a Catarina Martins, se acaso ela a lesse:
Vá estudar História de Portugal e História do Colonialismo Europeu!
Claro que ela não vai estudar e, quando muito, vai mandar-me bugiar ou pastar caracóis.
Sobre o esclavagismo nada direi, porque toda a gente sabe que nesse tráfico estiveram envolvidos todos os Estados coloniais da Europa e os EUA e não vale a pena explicar que o esclavagismo sempre existiu desde os tempo mais recuados da humanidade e que é bíblico o conhecimento de tal prática e que, por causa disso, toda a gente deveria pedir desculpa a toda a gente… em especial os Estados que sabem e consentem as máfias esclavagistas.
Por aqui, estamos conversados!
Vamos, agora à Expansão.
Catarina Martins, já terá pensado que se não tivesse havido Expansão, provavelmente a Senhora, eu e todos nós falaríamos castelhano, por termos sido absorvidos por Castela, do mesmo modo que o reino de Granada o foi em 1492? Ou, talvez antes?
É que – a Senhora não estudou Estratégia ou não sabe aplicá-la ao estudo da História – depois de 1411, ano da paz temporária com Castela, ainda poderia o soberano vizinho vir reivindicar a mal segura coroa de D. João I, o Mestre de Avis! Salvou-o disso, a Expansão Marítima e o aumento de poderio do reino de Portugal… Mas isto passava por ter a humildade de reconhecer que sabe muito pouco de História, Estratégia e Ciência Política!
Olhe, este foi mais “um tiro no pé” igual ao do Cartão de Cidadão e cidadã!
Pecados da Esquerda!...