O Orçamento do Estado de 2012
O Orçamento do Estado para 2012 está em discussão na Assembleia da República. Diz-me um Professor e Economista Amigo:
- Este Orçamento não tem margens para folgas, porque ninguém possui o dom da adivinhação, pois está-se a partir do pressuposto de que se realizará toda a receita. Ora, como a economia vai desacelerar, a receita não se vai realizar, o que se torna possível a necessidade de aumentar ainda mais as medidas de austeridade.
Em face da explicação, restou-me contrapor:
- Mas, então, a Europa tem de praticar uma política de desvalorização do euro e injectar mais dinheiro nas débeis economias nacionais para lhes aumentar a competitividade externa e interna, provocando, deste modo, um crescimento e não uma recessão!
Resposta:
- E quem vai convencer a Alemanha e os Alemães?! Qual o impacto que tal medida teria no nível de vida deles?
Fiquei a pensar, uma vez mais, se a troca do escudo pelo euro foi bom "negócio". Estaremos com um helénico destino marcado? Que Europa vai surgir depois de 2013, 2014 ou 2015? O coro dos cantos nacionalistas já se faz ouvir em algumas capitais da União. Estará a espiral histórica a descrever mais uma das suas "curvas"? Contra este capitalismo vai levantar-se o nacionalismo de ontem? O sistema de alianças existente na Europa, antes de 1914, garantia a paz, mas trazia implícito a guerra. A União Europeia, pela sua natureza, assemelha-se a um bloco de alianças solidário, mas garantirá a paz? E onde está o "inimigo"?
Infelizmente a Vida é feita de incertezas, de dúvidas e de interrogações. Só de uma coisa temos a certeza: morreremos.