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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

30.07.10

Almirante Almeida e Costa


Luís Alves de Fraga

 

Recebi, via Internet, um comunicado da Direcção da Associação 25 de Abril.

Dado que me solidarizo em absoluto com a essência do mesmo, acolho-o nas páginas do «Fio de Prumo», dando-lhe a retumbância que a leitura do meu blogue pode ter.

 

 

 

«COMUNICADO

 

Faleceu o almirante Vasco Almeida e Costa.

 

Militar de Abril, empenhou-se no processo democrático de corpo inteiro, tendo desempenhado várias funções, daí decorrentes.

 

O Presidente da República emitiu um comunicado, onde expressa à família enlutada, em seu nome e no de Portugal, as mais sentidas condolências.

 

Nesse comunicado realça as altas funções de Estado onde Almeida e Costa prestou serviços relevantes à democracia portuguesa. Designadamente como primeiro-ministro interino, ministro da Administração Interna e governador de Macau.

 

Lamentavelmente, para o Presidente da República não é de destacar o cargo de conselheiro da Revolução, que Almeida e Costa desempenhou entre Novembro de 1975 e Outubro de 1982, pois aí se manteve até ao fim, apesar de entretanto ter sido nomeado governador de Macau.

 

Como também não é de realçar o cargo de director do STAPE, onde Almeida e Costa foi directamente responsável pela organização do processo eleitoral da Assembleia Constituinte, de que se destaca o recenseamento eleitoral efectuado.

 

Esta omissão não é inédita, pois no recente falecimento do almirante Rosa Coutinho, por sinal também ele governador de uma antiga colónia, nem sequer houve lugar a qualquer tomada de posição pública.

 

Que razões levarão o mais alto representante da Nação a omitir factos tão relevantes na história recente do nosso país?

 

Por nós, lutaremos sempre contra a deturpação dessa nossa história, não permitindo que a reescrevam, como se o 25 de Abril não fosse necessário, para derrubar a ditadura e implantar a democracia em Portugal.

 

É que, por muito que doa a alguns, foram os militares de Abril a desempenhar o principal papel na libertação dos portugueses e na construção do estado democrático e de direito em Portugal!

 

Lisboa, 30 de Julho de 2010

 

O Presidente da Direcção

 

Vasco Correia Lourenço»