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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

17.01.23

36 noves fora, nada!


Luís Alves de Fraga

 

O déficit orçamental aceite em Bruxelas tem um número, 3% do PIB, e a honestidade tem, em Lisboa, outro: 36.

São 36 as perguntas que servem para fazer passar no crivo da honestidade os seleccionados para ministros ou secretários de Estado. Mas, fazendo a prova dos 9, temos que 3 mais 6 dá 9, logo, excluindo-o, fica nada. E fica nada, porque é preciso saber desde quando um inquérito respondido pelo próprio pode dar um resultado fiável e confiável?

O mais vigarista dos vigaristas de qualquer estabelecimento penal português, quiçá do mundo, respondendo a um inquérito, vira o mais santo dos homens, daqueles que o estatuário do Padre António Vieira punha nos altares. Mas disso não restem dúvidas!

 

Um vigarista, um corrupto, é sempre vigarista e corrupto, pela simples razão de não possuir uma boa relação com a verdade. Assim, por mais testes que lhe façam ele encontra sempre uma explicação para responder de certa maneira e não da forma verdadeira.

O teste inventado pelo Governo só serve para dar deste a mais clara noção de parvoíce que se possa imaginar. Todos os que foram afastados até agora entraram no Governo, porque este é tanso e néscio como o mais tanso e néscio dos idiotas da nossa praça, pois se o não fosse não paria as 36 perguntas que levam aos noves fora, nada!

O Governo parece-me uma criança que acredita em fadas, duendes e no Pai Natal.

Bolas, não é preciso procurar muito… Ponham os olhos no Jo Berardo. Por acaso, nunca o convidaram para ministro, mas se convidassem ele ria-se-lhes na cara e no papel com as 36 perguntas! Ria-se e seria ministro até levar o país à bancarrota, desde que ele não fosse proprietário de nada e usufruísse das vantagens de ser.

O teste é uma papalvice ou areia para nos ser atirada aos olhos e aos olhos do Presidente. Será que pela cabeça dos inteligentes ministros não passou, mesmo que “supersonicamente”, a ideia de mandar investigar os passados dos possíveis candidatos a ministros e subsecretários? Ou a abertura da porta da investigação representa também um perigo para os que estão sentados nas cadeiras do poder?

Às 36 perguntas qualquer gabinete de investigação privado ou público (é que se o SIS ou a Judiciária não servem para isto, então acabe-se com eles, porque não servem para nada) em dois ou três dias responde com mais verdade do que o candidato. É só uma questão de reestruturação. Mas reestruturar parece ser um vocábulo que não cabe na boca do Governo.

O teste dos 36 é mais eficiente para fazer rir os governos da União Europeia, para fazer sorrir os líderes políticos mundiais e provar que Portugal é um excelente país onde a “Cosa Nostra” pode fazer os negócios que quiser…

São os brandos costumes ou a tolice hereditária?

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