Os cortes
Através da entrevista dada pelo Primeiro-ministro a uma estação de televisão, ficámos a saber, desde ontem à noite, 28 de Novembro de 2012, que os quatro mil milhões de euros que têm de ser cortados nas despesas do Estado vão ser conseguidos, maioritariamente, à custa dos pensionistas, da educação e da saúde. Ou seja, à custa dos sectores que menor capacidade de retaliação têm para se oporem à política de cortes.
Na verdade, os pensionistas já não podem fazer greve; os estudantes e os professores se fizerem greve a ninguém afectam a não ser a eles próprios; e os doentes, enfermeiros e médicos só podem reivindicar à custa do agravamento dos pacientes até os levar à morte sem assistência. Em suma, o “HERÓICO” Governo Passos Coelho ataca quem não se pode defender ou, dito por outras palavras, BATE NOS VELHOS, NOS JOVENS E NOS DOENTES. Isto é constitucional? Isto não atenta contra os direitos da humanidade?
Onde está a revisão dos contratos leoninos feitos com as PPP? Esses milhões continuam a ir para os bolsos de quem? Onde estão os cortes nas fundações e institutos públicos? Onde estão os cortes na máquina burocrática do Estado? Onde estão os cortes nos organismos parasitas da Administração Pública? Onde estão os cortes nas consultorias feitas a entidades privadas com verdadeiro menosprezo pelos técnicos estatais?
Estamos entregues a jovens governantes que de coragem só têm a garganta! Administram da maneira politicamente mais fácil e “pegam” de cernelha o boi chamado Economia, sem a coragem de o agarrar de frente e com os cornos desembolados.
Estou farto deles!