Cortes no orçamento das Forças Armadas
Anunciam-se mais cortes no já magro orçamento das Forças Armadas. É tempo das Chefias militares recordarem ao Governo que a transformação de incorporações de mancebos pelo sistema de conscrição nacional para um sistema de serviço militar profissional ou tendencialmente profissional como é aquele que hoje existe em Portugal encareceu, e muito, o serviço militar. Avizinha-se a altura de serem os políticos a pagarem pelas asneiras militares que obrigaram a fazer. Volte-se à conscrição nacional geral e obrigatória durante vinte e quatro meses, mesmo que com efectivos reduzidos. Volte-se ao conceito de obrigação de servir nas fileiras. Volte-se a pagar aos conscritos um pré simplesmente compensatório do cumprimento da sua obrigação. Volte-se aos princípios de umas Forças Armadas republicanas, nacionais, gerais e obrigatórias, tal como foi aceite em 1911 e vigorou durante quase todo o século XX. Volte-se e veja-se a diferença de custos. As Chefias militares têm condições de mandarem fazer análises e simular encargos. São independentes. Não têm que dar satisfações a ninguém. Têm Estados-Maiores para estudar as melhores soluções. Mandem.