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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

05.10.09

5 de Outubro de 2009


Luís Alves de Fraga

 

 
O Presidente da República não preside às cerimónias comemorativas do 99.º aniversário da implantação da República no edifício da Câmara Municipal de Lisboa, porque, estando-se em período de campanha eleitoral, não quer interferir com a propaganda dos partidos.
 
Com o devido respeito que me merece o raciocínio de qualquer cidadão e, em particular, o do cidadão Presidente da República, gostaria de deixar aqui expressa a minha admiração por tão canhestra forma de pensar.
 
De facto, comemora-se a proclamação da República e não a fundação de qualquer dos partidos concorrentes aos mais variados cargos autárquicos da Câmara Municipal de Lisboa.
A República, da qual o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva é Presidente, foi proclamada, há 99 anos, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Isto é um facto histórico inalterável. A presença do Presidente da República naquele edifício destinava-se a cumprir uma tradição histórica, honrando a memória de José Relvas e de todos quantos há 99 anos, com grande alegria, escolheram aquele local para gritar aos Portugueses que a Monarquia tinha acabado. Confundir essa presença com um apoio ao presidente da edilidade em exercício é dar mostras de um raciocínio capaz de malabarismos e contorcionismos que me assusta e me permite levantar a dúvida quanto à origem de todas as recentes manobras feitas à volta do palácio de Belém.
Ceder a qualquer outra entidade a presença nas comemorações oficiais do 5 de Outubro não será demitir-se do significado histórico do acto? Não será como que dizer: «Quero lá saber da República e dos republicanos… O que eu não quero é confusões com os partidos políticos nem associar a minha pessoa à do Dr. António Costa»?
 
A “mulher de César precisa ser e parecer”, mas quando é e parece honesta em excesso, rondando o ridículo, dá oportunidade a pensamentos muito esquisitos. Ou serei eu quem está a ver de forma distorcida o que, afinal, é rectilíneo?