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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

03.03.13

O Senhores do Poder


Luís Alves de Fraga

 

Ontem, uma vez mais, o Povo veio para a rua, em quase todas as grandes cidades do país, manifestar o seu descontentamento com a política que se está a praticar em Portugal. Política de empobrecimento, de definhamento do nosso tecido económico, de depauperação da capacidade aquisitiva dos reformados e pensionistas, de redução das capacidades de estudo das camadas jovens filhas de gente com carências financeiras, enfim, política de condução de Portugal a serventuário da Europa comunitária.

E de quê e para quê serviu esse grande movimento de massas? Somente para mostrar ao mundo que os Portugueses estão descontentes. Nada mais.

Mostrar ao mundo aquilo que os senhores do Poder já sabem há muito e perante o que nada fazem. Eles são surdos, são insensíveis, são inamovíveis. E são tudo isto, porque estão convencidos de que assim é que está certo; de que é de todo este rol de desgraças que o Povo carece para se redimir de más escolhas e maus políticos que o governou; de que só depois de reduzidos à condição de quase escravos da Europa nós mereceremos ter o direito a viver. Eles, os senhores do Poder, estão a tornar-se autistas. Eles não estudaram História de Portugal, se calhar a conselho do Camilo Lourenço ou porque são feitos da mesma massa que ele, e desconhecem que foi assim que, há cem anos, a Monarquia caiu às mãos dos republicanos. Mas caiu, não através do acto eleitoral, mas porque se cansaram os republicanos de fazer comícios e desfiles e passaram à acção conspirativa e à luta armada.

 

A Europa do Sul está farta da arrogância da Europa do Norte e os nossos senhores do Poder não percebem isso! Não percebem que não é aliando-se ao Norte contra o Sul que conquistam alguma coisa.

 

Não. Eu já não alinho no movimento contra a troika! Eu já estou noutra posição. Eu agora digo: que se lixe a Europa! Que se lixe a Europa, porque ela é um logro, ela transformou o sonho dos seus fundadores num pesadelo em que o euro manda mais e a banca domina os povos.

Que se lixe a Europa tal como se está a impor aos cidadãos! Que se lixe a ditadura do euro! Que se lixem os Alemães! Que se lixem os burocratas europeus que estão a assegurar o seu futuro à custa de todos nós!

Quero de volta a Europa das Pátrias, a Europa com fronteiras, a Europa com moedas soberanas, a Europa onde a mentira e a verdade eram nacionais e não comunitárias!

 

Já não vamos lá com manifestações! Eles, os senhores do Poder, tiveram a sua oportunidade e perderam-na, porque nos mentiram! Eles, os senhores do Poder europeu, têm de ser apeados e Portugal pode dar o exemplo, tal como há cem anos deu o exemplo de que a Europa das monarquias estava no seu estertor final.

O tempo falta e é tempo de fazer alguma coisa! Precisamos de uma nova Carbonária!

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