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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Jesus e Marx

13.08.24, Luís Alves de Fraga
  Era eu menino ouvi muitas vezes uma frase dita por gente de pouca ilustração que constava da afirmação de que Jesus tinha sido o primeiro comunista da História. Nunca me esqueci do quanto esquisita era a ideia. Cresci, fui um jovem católico praticante e muito empenhado na obra da Igreja (como creio já ter dado nota noutro apontamento anterior). A actividade profissional foi-me desviando dos cultos habituais e, mais tarde, quando voltei à universidade para estudar comecei a (...)

A QUARTA HOSPITALIZAÇÃO

05 ‒ Os que dão muito

07.07.24, Luís Alves de Fraga
  Todos nós já passámos por mendigos que pedem esmola e demos uma moeda. Nessa altura temos plena consciência de que estamos a dar, em especial aquilo ou a quantidade que não nos faz falta. Contudo, quantas vezes, sem abrirmos a carteira para tirar dinheiro, nós já demos algo que vale mais do que muitas moedas, sem termos consciência do quanto estamos a dar? Há dias, de conversa com o funcionário da empresa que me fornece o oxigénio que tanta falta me faz, ele disse-me ser (...)

A QUARTA HOSPITALIZAÇÃO

04 ‒ O Cabo Ricardo

05.07.24, Luís Alves de Fraga
  Foi notícia na rádio, na televisão e na imprensa nacionais o atropelamento de um militar ‒ o cabo Ricardo Esteves ‒ do posto da GNR de Arraiolos, no começo da noite do dia 30 de Janeiro do corrente ano (entre as várias fontes encontradas na Internet, escolhi a seguinte para aqui ficar de testemunho: https://televisaodosul.pt/militar-da-gnr-gravemente-ferido/ ). Esse militar de cavalaria, (...)

A QUARTA HOSPITALIZAÇÃO

03 ‒ Os doentes internados

29.06.24, Luís Alves de Fraga
  Quando cheguei à enfermaria, a tal que tenho vindo a referir, éramos seis doentes nas seis camas existentes. Naturalmente, por uma reserva natural, vou alterar, quando os citar, os nomes dos internados, com excepção de um, por se tratar de um caso público. Ao entrar, logo do lado esquerdo, estava um general ‒ um herói da Guerra Colonial, com noventa anos de idade, quase cadavérico, que recusava comer, beber e tomar medicação. O estado de senilidade era avançado, desejando (...)

A QUARTA HOSPITALIZAÇÃO

02 ‒ A tomada de consciência

25.06.24, Luís Alves de Fraga
  Não é novidade que sou neto e filho de militares, sargentos, é certo, mas militares, que fui aluno do Instituto dos Pupilos do Exército e da Academia Militar até ganhar o direito de usar o meu galão de alferes da Força Aérea. Bolas, é muita tropa numa vida de oitenta e três anos! E, com isto, o que quero dizer? Algo muito simples: tenho entranhado sob a minha epiderme a condição militar e o que ela supõe: a vaidade de ser o que sou ou, dizendo melhor, o sentido da (...)

A QUARTA HOSPITALIZAÇÃO

01 ‒ A entrada na enfermaria

24.06.24, Luís Alves de Fraga
  Foi num domingo de manhã que me senti muito pior dos pulmões, com muita tosse, febre alta e falta de ar (qualquer movimento cansava-me brutalmente). Sei que tenho, há três anos, aquilo que se chama Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) por causa de um grande enfisema e, também, pelo aparecimento de fibrose pulmonar. Enfim, o resultado de trinta e um anos a fumar e, na fase final, dois maços de tabaco por dia. Mas, o curioso, é que foram precisos passar trinta anos sobre a (...)

O cheiro da pobreza

30.05.24, Luís Alves de Fraga
  Na minha juventude fui vicentino (para quem não sabe o que isso é deixo a explicação: fiz parte da Conferência de S. Vicente de Paulo, cuja finalidade é a ajuda aos pobres. Fui-o quando era aluno pré-finalista no Instituto dos Pupilos do Exército. Aos católicos e mais velhos, o padre capelão lançou a ideia de fundarmos uma delegação da Conferência para “ajudarmos” os pobres do bairro do Calhau, que era essencialmente de barracas e ficava nos terrenos de uma das (...)

O menino sabichão

28.05.24, Luís Alves de Fraga
  Quando comecei a vê-lo na televisão, embirrei, de imediato, com ele. Na altura não sabia explicar o motivo; agora sei. Ele era um comentador com cara de criança e atrevimento de jovem galã sabedor que “elas caem” todas se lhes der o prazer de um sorriso. É evidente, estou a referir-me a Sebastião Bugalho. Sei que é o filho mais velho de dois jornalistas conhecidos (mãe é mais romancista do que jornalista… escreve a eito) e, quase de certeza é fruto daquelas (...)

Branco mais Branco não há

22.05.24, Luís Alves de Fraga
  Não acredito que seja consequência da minha idade, pois ainda sou muito capaz de aceitar “modernices” (para mim não o são) que outros “jovens” com os meus oitenta e três anos repudiam veementemente. Não, não é da idade, mas realmente, até alguns dos “rapazes” de cabelos brancos, que se vão vendo na política, parecem-me imberbes para os cargos que ocupam ou para as responsabilidades que têm. O que me leva a assim concluir são os disparates que oiço e vejo na (...)

O problema da habitação nas nossas cidades

19.05.24, Luís Alves de Fraga
  Em 1975, no final de Maio, acabado de regressar da minha última comissão militar em Moçambique, procurei camaradas amigos que estavam envolvidos no Conselho da Revolução para lhes expor uma ideia que, julgo, se fosse acolhida teria resolvido o problema que nos assalta nas grandes cidades: a falta de habitação ou e carestia do aluguer. Que poção mágica era essa? Simples, muito simples... Municipalizar os solos urbanos! Mas isso era o equivalente a tirarem o direito de (...)