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Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

Fio de Prumo

Aqui fala-se de militares, de Pátria, de Serviço Nacional, de abnegação e sacrifício. Fala-se, também, de política, porque o Homem é um ser político por ser social e superior. Fala-se de dignidade, de correcção, de Força, de Beleza e Sabedoria

11.11.11

O cessar-fogo


Luís Alves de Fraga

 

Fez hoje, 11 de Novembro de 2011, 93 anos, o comandante de um qualquer batalhão de infantaria de França mandou chamar o corneteiro da sua unidade e ordenou-lhe que, exactamente às 11 horas da manhã, executasse o toque de cessar-fogo, pondo fim ao morticínio que durava desde o Verão de 1914. O pobre corneteiro, hirto frente ao superior hierárquico, respondeu que não podia cumprir a ordem. Qual o motivo, quis saber o comandante do batalhão. A resposta foi clara e dolorosa:
- Já esqueci esse toque, meu comandante!... O olhar perdeu-se-lhe para além do oficial e as lágrimas não rolaram pela face, porque também já tinha esquecido como se chorava...
 
Às 11 horas da manhã de 1918, todas as armas se calaram na frente de batalha. A Morte tinha ceifado mais de seis milhões de vidas...
Anos mais tarde, viria a falência económica e financeira dar liberdade à Fome para oferecer à Morte mais seres humanos. E, depois, seguiu-se-lhe o horror das ditaduras que, matando a eito, de novo implantaram o horror de nova guerra.
 
Os corneteiros da política esqueceram todos, há muito, o toque de cessar-fogo...