Honestidade e Políticos
Em Portugal ainda há uns quantos ingénuos que associam o facto de se ser político a ser honesto. Pessoalmente, desde os meus dezoito ou vinte anos que abandonei tal ideia.
Do Norte da Europa chega-nos, como mito, a indissolubilidade entre um conceito e outro, contudo, de quando em vez, lá estala o «verniz» e a verdade rompe em cachões avassaladores.
Os políticos nunca são gente de bem! Não podem ser. Razão pela qual só alguns de nós aceitam envolver-se na res publica e outros ficam, como eu, a criticá-la e, ou, dedicando o seu tempo a servir a comunidade.
Não há política sem escândalo nem político impoluto.
Que se desiludam todos os que acreditam no contrário. Um dia, a verdade há-de vir à superfície, como o azeite na água. É uma questão de tempo.
Valia a pena gastar espaço para fazer esta afirmação?
Provavelmente, não, mas lembrando-me de água, recordo-me da sua moleza e, em consequência, da dureza das pedras.